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Inspiration Lab

egoísmo

Julgo que só entendi
Tarde de mais
Que nunca vi
Para além dos meus ideais.

O trinco chia,
A chave roda.
Som que te afligia,
Mas que já não te incomoda.
Para o ar é atirado
O teu já conhecido
Rol de perdões esfarrapados
Que te dão por vencido.
É o trânsito infernal,
É o trabalho complicado,
É a vida que vai mal,
Que me faz passar por mau bocado.
Os meus lamentos sem respostas
Vão procurar por ti
Encontram-te de costas
Onde ainda hoje dormi.
Uma garrafa na mão,
Olhar vago posto,
Comprimidos pelo chão,
Lágrimas secas pelo rosto.
Prostrado,
Na nossa cama,
Como alguém com a vida frustrado,
Porque ninguém o ama.
Algo assim nunca vi,
Assim nunca te quis ver.
Corpo drenado de vida.
Cansaste da corrida
E deixaste-me aqui,
A sofrer.
Diz-me, fui eu que não te dei
Espaço para falar?
Onde estavas tu quando jurei
Para sempre te amar?
Algo assim nunca vi
Assim nunca me quis ver
Corpo drenado de vida
Deixei a minha corrida
E agora até ti
Quero morrer.

Ainda hoje penso:
De que vale amar alguém
Se quando eles partem nós vamos também?
Perdi o senso,
Mas fiquei.

Para Um Amor Que Partiu, Mas Ficou

Os lábios são de rubi,

Os cabelos doirados, brilhantes,

Lembram-me de ti.

Em cada olho um diamante,

Mais bonitos nunca vi.

Seu corpo é ampulheta,

Como a que marca cada instante

Que passo sem te ver.

É alegre e discreta

E quanto mais a conheço

Mais a quero conhecer.

Tudo o que eu peço, 

Não é que ela me faça esquecer,

Pois quero ter-te comigo

Até esse da vida anoitecer.

Peço, sim, poder ser seu amigo,

Seu amante, quiçá,

(Não te importas, pois não?)

É que esta vida anda má

Mas quando ela passa acelera-se-me o coração.

Penso nela baixinho

(Não me ouves, pois não?)

Eras forte e eu fraquinho

Cedo a qualquer tentação

Quando a vejo

Sinto em mim o verão

E cresce o desejo

De pedir a sua mão

Serás sempre o meu primeiro amor

Mas e se eu a quisesse levar ao altar,

Será que te ias opor

Se eu me quisesse a ela jurar?

Vê como ela dança

Quando ninguém está a olhar

É a minha esperança,

O meu respirar.

É o sol nascente

Que me vem salvar

Da vida deprimente

Em que me foste deixar.

Eu não ia avançar

Mas a vida é tão veloz.

É com ela que quero ficar.

Por favor, olha por nós.

Luísa

"No fundo, todos temos necessidade de dizer quem somos e o que é que estamos a fazer e a necessidade de deixar algo feito, porque esta vida não é eterna e deixar coisas feitas pode ser uma forma de eternidade." - José Saramago

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