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Inspiration Lab

manta de retalhos

Juras que algo em ti está quebrado. Não estamos todos? Não é isso que todos somos? Almas quebradas pelas pedras que a vida ininterruptamente nos atira, em busca da sua salvação. Em busca de algo mais. Não algo que nos cure ou que junte todos os pedacinhos de nós, pois isso é quase impossível. Mas algo que seja tão relevante e que nos apaixone tão intensa e profundamente que deixamos de nos importar com os cacos em que nos dividimos. Que nos faça abraçar esta confusão desorganizada constituída por pequenas partes que forma quem somos. Essa pessoa maravilhosa, com todos os seus defeitos e suas virtudes que a tornam exatamente no que uma pessoa é. Porque não é realisticamente expectável que uma pessoa seja um ser perfeito, organizado, que saiba exatamente para onde quer ir e o que quer fazer. Sempre. Em todas e quaisquer situações da sua vida. Viver com um mapa na mão, viver com incertezas e inseguranças é coisa da vida. Coisa da vida tão legítima como tantas outras. Coisa da vida que não é necessário esconder.
Não temos, então, de fingir que temos tudo resolvido dentro de nós. Não temos de fingir que somos um só todo. Pessoas que fingem ser um só todo tornam-se pessoas cinzentas. Pessoas de betão. Eu sou manta de retalhos. Colorida, desorganizada, mal cosida, mas feliz. Feliz porque não finjo ser algo que não sou. Então porque insistes em ser de betão? Porque tens vergonha de assumir os teus retalhos? Porque acreditas que nada mereces? Porque continuas a aplicar-te castigos infinitamente quando és apenas uma vítima das cruéis partidas da vida? Só mais uma vítima, no meio de tantas outras. No meio de todos.
Não desejes, então, ser apenas um pedaço de matéria prima. Não receies mostrar a tua obra ao mundo! Pode não ser a mais bonita, a mais perfeita, mas é a tua, e é linda só por isso! Abraça quem és, mesmo aquelas partes que te constituem das quais não gostas assim tanto. Personifica a esperança e põe os olhos no futuro! Descontente com a maneira como és? Modifica-te! Mas nunca, nunca, te envergonhes das cicatrizes com as quais a vida te deixou. Porque elas fazem parte de ti. Tornaram-se um pedaço de ti. Porque a vida é uma caminhada bem mais fácil para os que integral e incondicionalmente se amam.

Produtos para a pele que NÃO valem a pena

Hoje venho falar-vos acerca de alguns produtos de skincare que não tiveram qualquer efeito em mim, que não corresponderam às minhas expetativas ou de que, por alguma razão, não gostei. O que não quer dizer, está claro, que não possam funcionar para vocês. Espero que gostem!

 

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Força interior.

Vinda das trevas. Vinda da noite. Vinda de onde todos juravam não poder escapar. Vinda da escuridão, ela espanta. Vinda da escuridão, ela brilha. Brilha tanto quanto o sol que finalmente consegue ver, esse sol que durante tanto tempo se escondeu atrás de pesadas nuvens, ameaçando nunca mais voltar a surgir. Finalmente tendo vencido a luta contra si mesma, ela prepara-se para ajudar os outros a travar as deles. Para lutar pelo que acredita. Para lutar pelo futuro que acredita merecer. Futuro esse que, em tempos, não quis ver acontecer.
Hoje, esse negro passado é ainda muito recente. Talvez ainda faça um pouco parte do presente. Mas ela tem esperança. Mais do que esperança, confiança em quem é e no que consegue fazer acontecer. E com todas as suas forças acredita que um dia será diferente. Que um dia o seu presente não incluirá qualquer indesejável parte do passado. Mas não quer que esse seu sofrimento seja esquecido, não. Porque isso seria deitar fora uma aprendizagem. Porque na sua queda, foi muito o que descobriu. Descobriu quem vale a pena e quem não. Descobriu a amar-se a si mesma primeiro, antes de distribuir o seu amor por quem não sabe retribuir. A sua queda mostrou-lhe o quanto deste mundo tinha ainda para descobrir. Aprendeu a amar a vida. A aproveitar o mais ínfimo momento com inigualável intensidade. Aprendeu a desfrutar da sua felicidade, não a tomando como garantida. Aprendeu a ser feliz de uma maneira que nem pensava ser possível.
O futuro é traiçoeiro, é verdade. Existem pelos caminhos da vida muitas armadilhas que a podem voltar a fazer cair. Muitos sapos disfarçados de príncipes que farão o seu melhor para a derrubar. E nada é garantido. Mas nada ela receia, porque descobriu que não há força mais intensa do que a que reside dentro de si. E essa força é invencível. Não a impede de cair, está certo. Mas ajuda-a a levantar-se e a nunca perder a esperança, mesmo quando a vida não lhe sorri.
Ela prossegue então com a sua vida, decidindo o seu futuro e marcando o seu caminho a cada passo que dá. Mais forte do que alguma vez foi mas não tão forte como um dia será, ela constrói a sua felicidade, um dia de cada vez.

Maquilhagem. Porquê?

 "Oh, meu Deus! Uma borbulha! Ninguém me pode ver assim! TENHO que pôr corretor!" É daquelas frases que detesto ouvir. Hellooo! Estamos no séc. XXI, a cara é tua, e é linda, e isto inclui os inclinos temporários! Se a quiseres esconder e tapar porque TU te sentes melhor assim, porque TU te sentes mais confiante contigo própria, despeja um frasco inteiro de corretor em cima dessa borbulha, se for preciso! Mas por favor, nunca tes esqueças que não TENS de usar maquilhagem, nunca, em qualquer situação, a não ser que te sintas completamente confortável com isso.

 Eu gosto dos meus produtos, dá-me gosto maquilhar-me, mas mais vezes são as que saio à rua de cara lavada. Às vezes é por falta de tempo, vejo-me forçada a admitir, mas há outros dias em que, mesmo cheia de borbulhas e vermelhidões, me apetece mostrar a minha cara natural ao mundo e, acreditem, ninguém me bate por causa disso! 

 Nunca deixes que ninguém determine que maquilhagem deves ou não usar. Se te apetecer ir ao ginásio com uma cara de maquilhagem completa, contorno, lábio vermelho, eyeliner líquido e smokey eye on point incluídos, porque não? E se te apetecer ir a um casamento sem aplicar a mais infíma gota de corretor? Qual o problema?!

 Lembra-te que a maquilhagem deve ser usada para realçar a beleza que já tens, e não como uma máscara para cobrir todas as imperfeições que tenhas. Lembra-te, também, que essas pequenas/grandes imperfeições são o que te distinguem de uma estátua inanimada! Celebra a tua beleza e abraça quem és, sem vergonhas nem constrangimentos!

Afeiçoemo-nos.

Foram mais que muitas as vezes que ouvi dizer que afeiçoarmo-nos às pessoas era uma coisa negativa, pois pelas mais variadas razões elas podem sair da nossa vida e deixar-nos destroçados.
No entanto, não podia discordar mais com esta afirmação. Primeiro que tudo, porque o que somos nós se não estabelecermos relações com as pessoas, algumas delas de elevada proximidade e entrega? O que somos nós sem os amigos, os inimigos, a família, os amores, os desamores? A interação social é algo base para o humano. Sem ela, somos meros seres isolados, sem nos conseguirmos exprimir. Sem conseguirmos comunicar. Sem conseguirmos dar-nos aos outros.
Chega a ser assustador a proximidade que podemos estabelecer com algumas pessoas. Chega a ser assustador o quanto elas sabem. A parte tão grande de nós que possuem. Mas não é mais assustador do que analisar a nossa vida e entender que esta se resume a relações ocas, palavras falsas, camadas e camadas de máscaras protetoras cuidadosamente colocadas. E tudo isto porque tivemos medo de nos aproximar. De ser traídos. Enganados. E, então, preferimos enganar-nos a nós mesmos, convencendo-nos que as relações baseadas em mentiras e omissões em que vivemos são suficientes e muito mais seguras.
Permitirmo-nos ser amados e amar, dar um pouco de nós e receber parte do outro é algo de arriscado, de facto. Com meia dúzia de palavras, com um gesto, uma relação que pensávamos ser estável e segura pode rumar para o declínio. Quer seja ela verdadeira ou baseada na mentira. A diferença é que, quando ela é efetivamente valiosa, causa sofrimento quando termina. E muito. Quando uma relação sem sentido termina, a dor provocada nunca pode ser muito grande, visto que desde início foi demarcada uma distância tão grande que nem nos permite sofrer. Mas também não nos permite ser felizes, ao contrário de uma relação arriscada, sim, mas com sentido.
O que não tem sentido é passarmos a nossa vida com medo de estabelecer ligações mais intensas. Porque quando qualquer relação termina, vai existir sempre sofrimento. Quer seja porque nos sentimos a quebrar, porque perdemos um pouco de nós, porque já não conseguimos imaginar a nossa vida sem aquele que dela partiu, quer seja porque olhamos para trás e entendemos que provavelmente essa relação terminou porque nunca estivemos verdadeiramente nela. Porque mostrámos a nossa máscara protetora e não quem efetivamente somos, quem tanto tememos que os outros saibam que somos. O que separa os dois sofrimentos é o facto de, numa verdadeira ligação, antes da quebra terem existido muitos momentos fantásticos. Memórias inesquecíveis colhidas. E essas, por muitas voltas que dê a nossa vida, ficam para sempre.

Considera-te perdoada.

Esperei e desesperei pelas poucas palavras que necessitava de ouvir para poder prosseguir. Para poder finalmente colocar um ponto final onde vírgulas continuavam a aparecer. Não queria lágrimas. Não queria os teus joelhos a meus pés. Não queria sacrifícios. Não queria discursos emocionados. Nunca quis. Tudo o que sempre de ti desejei foi um simples reconhecimento pelos teus erros. Tudo o que sempre de ti quis foi um pedido de desculpas. Um simples mas sincero pedido de desculpas pelo qual até hoje aguardei.
Por vezes pergunto-me se, afinal, não foi apenas um pesadelo. Ou se foi tudo fruto da minha imaginação. E talvez até acreditaria nisso se já não sentisse as quentes lágrimas que tantas vezes derramei. Lágrimas já envelhecidas, mas que exprimiram sofrimento que ainda continua recente. E talvez até nisso acreditaria se as memórias não fossem intensas e realistas demais para serem inventadas.
Mas a verdade é que a vida ensinou-me que há pessoas das quais nem o mínimo podemos esperar. Há pessoas que continuamente nos surpreenderão com as suas deploráveis atitudes. A vida ensinou-me que não podemos ajudar alguém a tornar-se uma pessoa melhor se ela nem sequer entender que errou. Correção, se ela nem sequer aceitar que errou. A vida ensinou-me que, por vezes, temos que aceitar desculpas que nunca ninguém proferiu nem pretende proferir. Não porque queremos que essas pessoas tenham uma segunda oportunidade. Não porque acreditamos que o mal que fizeram passou da validade. Mas por nós. Porque nós merecemos mais do que uma vida à espera de algo que merecemos mas que nunca irá chegar. Porque somos mais do que a opinião de um irrelevante e triste ser sobre nós. Porque merecemos paz.
E é por isso, então, que hoje termino um capítulo que há muito tentava editar, sem a qualquer conclusão chegar. E é por isso que hoje concluo que a obra de arte que é a nossa vida pode ser maravilhosa sem que todos os seus capítulos o sejam. E é por isso que hoje decido esquecer-me das pessoas tóxicas que me rodeiam e concentrar-me em todos os excelentes capítulos da minha história que ainda posso escrever, com a ajuda das pessoas certas. Porquê desperdiçar oportunidades de escrever algo fantástico continuando presa num capítulo que já não posso alterar?
Espero, então, que também tu tenhas promissores capítulos pela frente. E espero que essas más partes da tua história que te recusas a assumir tenham contribuído para te tornar melhor escritora. E que ninguém te tente privar da tua felicidade como tu tão afincadamente tentaste privar-me da minha. E que nunca ninguém te faça sofrer como me fizeste a mim. E que tenhas uma boa vida, bem longe de mim.
Considera-te perdoada por tudo o que aparentemente nunca fizeste.

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Luísa

"No fundo, todos temos necessidade de dizer quem somos e o que é que estamos a fazer e a necessidade de deixar algo feito, porque esta vida não é eterna e deixar coisas feitas pode ser uma forma de eternidade." - José Saramago

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