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Inspiration Lab

Felizes.

Felizes os que têm explicáveis infelicidades.
Felizes os suficientemente corajosos, que suas infelicidades partilham.
Felizes aqueles cujas infelicidades são compreendidas.
Felizes aqueles cujas infelicidades são partilhadas.
Felizes aqueles que conseguem descobrir o sol num dia cinzento.
Felizes aqueles que conseguem prever o regresso da luz quando as trevas imperam.
Felizes os que pegam no mundo e o tornam num esférico paraíso.
Felizes os que sobre a tristeza conseguem imperar.
Felizes os que sua luz conseguem espalhar.
Felizes os que ensinam os outros a amar.
Felizes os que as vicissitudes da vida conseguem ultrapassar.
Felizes os que não denotam o número de felizes a decrescer.

quem sonho ser

Tenho um sonho. O meu sonho não é coisa pouca, não. O meu sonho é coisa complicada. O meu sonho é tão complicado que por vezes nem eu o compreendo. Mas mesmo quando não consigo interpretar as palavras que ele me segreda ao ouvido, mesmo quando penso estar perdida, é ele que me move, é ele que me faz continuar. Porque o meu sonho é grande, e devo persegui-lo se grande me quero tornar.
Não sonho com a fama, com multidões gritando o meu nome. Sonho apenas com a minha felicidade. Sonho, sim, um dia mais tarde, lembrando-me de tudo o que vivi, saber que aproveitei bem a minha vida. Que tornei cada segundo meu. Que não desisti. Que pus um sorriso nos lábios daqueles que mais amo, que fui a razão da felicidade de muitos. Só que, para mim, uma vida completa e feliz não é repleta de dias monótonos, iguais. Porquê limitar-me ao mínimo quando posso chegar a mais? Porquê contentar-me com a terra se posso chegar ao céu? Quero voar alto, quero que brisas desconhecidas me encaminhem para a minha felicidade.
Muitos dirão, muitos dizem, que não conseguirei. Mas há algo em mim que fala mais alto do que todas as vozes que tentam matar o ser sonhador que há em mim. Há uma luz dentro de mim que me aquece, uma luz dentro de mim que não me abandona, uma luz dentro de mim que todos os dias me relembra que, se nasci, foi para viver. Porque a verdade é que não sei quem sou. Definir-me é coisa complicada. Mas sei, isso sim, porque sou. Sei bem porque vim, porque estou aqui, porque ainda não desisti, porque ainda sonho, porque nunca paro. Sei bem porque não me conformo com quem dizem que sou, sei bem porque luto, sei bem porque prossigo. Sei bem porque sou quem quero ser. Porque sonho.
Um sonho não se concretiza de um dia para o outro, é verdade. Mas todos os dias estou mais perto. E o que é que me põe mais perto? A minha força. A vontade de crescer, de ser, de vencer que há em mim. A minha crença nos meus sonhos, a minha crença em mim. Às vezes, quando as nuvens cobrem o céu e a luz que dentro de mim habita parece perder a sua força, é muito fácil, fácil demais querer desistir. É fácil demais acreditar que nunca chegarei onde tanto ambiciono chegar. Por vezes fico perto, mas nunca chego a baixar os braços. E, um dia, espero orgulhar-me desta minha imortal persistência, deste sonho que me move, desta crença em mim que me alimenta. E, um dia, espero poder olhar bem nos olhos de quem tenta, de quem luta, de quem se recusa a desistir, e contar-lhes como foi deixar a luz que me ilumina guiar-me pelo caminho até quem sou, até quem sonho ser.

Publicar

Visto que pré-escrevo os meus posts com muita frequência, é comum perguntarem-me porque não os publico com mais regularidade também. Tendo em conta que publicar posts diariamente é algo bastante comum pelos mundos da blogosfera, decidi justificar esta minha escolha.

É verdade que grande parte dos blogs bem sucedidos publicam posts todos os dias, por vezes até mais que uma vez por dia. É verdade que desejo que o meu blog cresça e chegue a mais pessoas. No entanto, acredito que não é empanturrando as pessoas de posts que crescerei mais rapidamente. Pelo contrário: até acho que pode fazer com que os poucos mas bons que seguem este blog se cansem de mim. Não nego que, em alguns formatos, a publicação diária faça sentido. Simplesmente penso que no género de blog que mantenho essa prática não faz sentido.

Inicialmente, quando abordava temas bem diferentes no meu blog, publicava de quatro em quatro, cinco em cinco dias porque não tinha tempo para escrever posts todos os dias e era uma forma de "fazer render o peixe". Contudo, hoje em dia, com mais de 6 meses de publicações escritas, agendadas e completamente prontas a ser publicadas, era perfeitamente viável que publicasse todos os dias.

Neste momento, a opção de publicar maioritariamente de dois em dois ou três em três dias é maioritariamente baseada no que considero ser melhor para quem lê o meu blog, pois considero que os temas que aqui abordo devem ser devidamente pensados, quero dar tempo ao leitor para refletir sobre as palavras que escrevi antes de publicar o post seguinte. Não quero ser, não sou, uma máquina de vomitar reflexões e textos inspiracionais. O meu objetivo é, sim, pensar convosco, partilhar convosco as minhas conclusões e divagações sobre tudo e sobre nada. 

Tal como eu não publico porque sim, por publicar, espero que o que escrevo não conduza a leitura só porque sim, só por ler. Quero inspirar, quero ajudar, quero compreender. E quero dar tempo e espaço para que isso aconteça, dar oportunidade a quem acompanha este espaço de o continuar a acompanhar. 

E assim me vou, deixando-vos hoje com um texto mais para o informativo relativamente ao que por aqui se tem passado, que de vez em quando também é preciso.

 

Ilumina-te!

Quando choras, procuras desesperadamente por uma luz que te ilumine, que te diga o que fazer. Mas, quando sorris, tu és a luz que ilumina os caminhos dos que choram.
Porquê esperar por alguém que te ilumine quando podes ser tu quem mais luz irradia?

pessoas e pessoas

Há pessoas más que surgem por bem na nossa vida. Há pessoas más que nos ensinam a amar quem somos primeiro antes de amarmos quem pode não ser quem julgamos que é. Há pessoas más que nos ensinam a não sermos como elas. Há pessoas más que nos ajudam a entender porque devemos ser bons. Há pessoas más que nos fazem mais fortes. Há pessoas más que nos fazem mais nós.
Mas há, também, aquelas pessoas más que surgem por mal na nossa vida. Pessoas más que tudo retiram e nada acrescentam. Pessoas más que pioram a nossa vida. Pessoas más que nos fazem duvidar de quem somos. Pessoas más com quem nada aprendemos. Pessoas más com quem tudo de bom esquecemos.
Há pessoas más que, sem intenção, nos tornam pessoas melhores. E há, também, aquelas pessoas más que mais valia não termos conhecido.

o que fica e o que sai

Independentemente de quanto tempo passe, o som da voz de algumas pessoas despertará sempre algo em nós. O nome de algumas pessoas será sempre para nós mais do que um simples nome. Há pessoas que serão sempre mais, mesmo que já não estejam na nossa vida.

Há pessoas, há momentos, há sentimentos que continuam a mexer connosco, a tirar-nos o sono, a tomar conta do nosso pensamento, porque nunca realmente nos abandonam. 

Há que aceitar que nem toda a gente que sai da nossa vida sai do nosso coração, e há que lidar com isso. No entanto, há que compreender que só porque alguém é para nós mais do que apenas alguém, não quer dizer que ainda faça parte da nossa vida. Porque há pessoas que significam muito para nós, não pelo que são no presente, mas porque nos deixaram marcas profundas no passado, marcas essas que talvez nunca se apagarão. Há que compreender que podemos querer no nosso coração certas memórias sem que queiramos connosco quem esses momentos connosco partilhou.

Viver.

Era um homem "normal", com uma vida "normal". Trabalho das nove às cinco, fatos e gravatas, idas à bola ao fim de semana, saídas com os amigos, almoço de domingo com a família. Saudável, com dinheiro suficiente para com ele não se ter que preocupar, era quem muitos desejavam ser.
Ele era feliz. Era feliz até ao momento em que percebeu que não era feliz. Era feliz até se ter apercebido que não nascera para viver o mesmo dia durante 80 anos e chamar-lhe vida. Era feliz até se ter apercebido que merecia mais. Que era mais. Era feliz até ter entendido o verdadeiro significado de felicidade. Julgava viver bem até ter descoberto o verdadeiro sentido de viver.
Então, ele não perdeu tempo. Já tinha desperdiçado tanto tempo sendo quem não queria ser. Não ia perder mais tempo hesitando. Estava na hora de agir. Agir antes de ser tarde demais para mudar tudo aquilo que há muito já devia ter mudado.
Ele largou tudo, pois não conhecia meias medidas. Ou era, ou não era. E desta vez era para ser. Deixou os fatos, o trabalho, o stress, as rotinas. Dedicou-se a quem queria ser. Livrou-se de tudo o que era acessório na sua vida. Livrou-se de todos os que eram acessórios na sua vida. E começou a viver.
De mochila às costas, começou a explorar o mundo, e a viver. Sem horários. Sem stress. Sem compromissos. Sem preocupações. Fazendo amigos em todo o lado, não se prendendo em lado algum. Quando lhe perguntam o que ele anda a fazer, ele responde simplesmente "viver". Porque é o que ele faz melhor. Porque viver não é como andar de bicicleta. Uma vez que se aprende a viver, é necessário treinar todos os dias, pois é demasiado fácil esquecer. É demasiado fácil sermos consumidos pelas rotinas, por tudo o que nos dizem que temos que fazer. Por quem nos dizem que temos que ser. E ele sabe disso, nunca se esquece. E todos os dias se dedica a esta arte, a arte de bem viver.

Memória

Sopra-lhe os cabelos, o vento. Dá-lhe a vida novo alento, bafeja a sorte a sua dança, enche-se de esperança. E o sol, que dela durante tanto tempo se escondeu, finalmente sorri. E ela olha. Mais do que olhar, ela vê. Ela sente. E ela não mente ao dizer que é feliz quando olha o mundo que habita, quando sorri, só por sorrir, quando sorri, só por viver. Quando sorri porque o momento que, neste momento, pelos seus dedos passa não pode cair no esquecimento. E ama. Ama-se. Ama o ar que respira. Ama o sol, mesmo quando este para si não brilha. Ama o chão que estala sob o seu passo dançante. Da vida ama todo o instante. Ama o sonho que é só seu. Ama a vida que escolheu.
E receia. Acima de tudo, receia. Receia perder-se na escuridão. Receia deixar de se reconhecer. Receia que os seus olhos percam o seu tão intenso brilhar. Receia não se recordar de como o sol brilha, os pássaros cantam, o vento por ela passa, sem se esquecer de os seus cabelos acariciar.

O que somos nós neste mundo se quando, nem por um segundo, de quem somos nos conseguimos lembrar? Quem somos nós nesta corrida se, por muito que enérgicos à partida, nos esquecermos de onde desejamos chegar?

Quem é ela se não for ela? Quem é ela se for a menina que dentro dela, deixando entregue ao mundo a sua dor, tardando a ir, se for? Quem é ela se, um dia, atingida por cruel magia, desistir de para o mundo rir? Quem é ela se deixar de ser quem nasceu para ser? Quem é ela, se de si se perder? Quem é ela, se se esquecer?
Esquecer. É o que mais teme quem, como ela, fez sua a sua história. Perder. É tudo o que há para perder. Esquecer. É o que mais receia quem, como ela, já viu o quão cruel a vida é para aqueles que são obrigados a dizer adeus à sua memória.

o meu futuro eu

Quero saber quem és, porque és, como és, desde quando és quem és. Quero saber o que está por de trás dos teus "Não é nada". Quero saber o que te faz ficar acordada até de madrugada. Quero saber que cores pintam o teu coração. Quero conhecer de cor a melodia da tua canção. Quero saber porque só penso em ti. Quero saber porque só te quero ver desde a primeira vez que te vi. Quero saber se és quem desejas ser. Quero viver.
Quero saber-te. Quero descobrir-te. Quero aprender-te. Quero ser-te.

Acreditar.

Acredito em gente que vive.
Acredito em gente que ama.
Acredito em gente que sonha.
Acredito em gente que não desiste.
Acredito em gente que é gente.
Acredito em gente que luta.
Acredito em gente que prossegue.
Acredito em gente que sempre se levanta.
Acredito na bondade.
Acredito na entreajuda.
Acredito na força.
Acredito na simpatia.
Acredito na generosidade.
Acredito na felicidade.
Acredito na possibilidade.
Acredito no amor.
Acredito na vida.
Acredito em acreditar.
Acredito em mim.
Ainda acredito.

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Luísa

"No fundo, todos temos necessidade de dizer quem somos e o que é que estamos a fazer e a necessidade de deixar algo feito, porque esta vida não é eterna e deixar coisas feitas pode ser uma forma de eternidade." - José Saramago

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